sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Hacker britânico que invadiu Pentágono é autista

Pirata virtual que invadiu Pentágono é autista, afirma especialista
da Efe, em Londres
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Um especialista em autismo pediu que o britânico Gary McKinnon, acusado da maior operação de pirataria virtual da história dos Estados Unidos, não seja extraditado para o país. A solicitação foi feita em uma entrevista coletiva em Londres, nesta quinta-feira (15).
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O especialista Simon Baron-Cohen, professor da Universidade de Cambridge, afirmou que McKinnon, 42, invadiu os computadores porque sofre da síndrome de Asperger, um tipo de autismo. O pirata virtual pode pegar até 70 anos de prisão em uma penitenciária de segurança máxima dos EUA.
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McKinnon foi acusado de entrar ilegalmente em 97 computadores da Marinha e do Exército americanos, da agência espacial Nasa e do Pentágono entre fevereiro de 2001 e março de 2002 --ações que ele mesmo confessou, sob alegação de que não tinha má intenção.
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Segundo Baron-Cohen, o que McKinnon fez foi "a atividade de alguém que sofre de um transtorno, e não pode ser considerado um ato criminoso."
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O especialista explicou que o modo obcecado de agir de McKinnon é típico da "ingenuidade social" das pessoas que sofrem a síndrome de Asperger. A doença produz "uma visão estreita que faz com que, na busca da verdade, as pessoas não vejam as potenciais consequências sociais para as outras."
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"Seu encarceramento seria questionável, porque alguém com a síndrome de Asperger dificilmente suportará esse entorno", disse o especialista.
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Os americanos, que pedem sua extradição, afirmam que McKinnon tinha a intenção de influenciar no governo dos Estados Unidos por meio da intimidação e da coerção.
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O hacker foi descoberto quando tentava baixar fotografias da Nasa que ele acreditava terem sido manipuladas para ocultar provas da existência de vida extraterrestre.
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